quinta-feira, 3 de julho de 2008

Voluntário ou Profissional?

Dentro da cidade de Lisboa cooperam dois modelos organizacionais de bombeiros, por um lado, 6 corporações de Bombeiros Voluntários, cada uma com a sua própria central telefónica, secretaria, e outros serviços, por outro lado o Regimento de Sapadores Bombeiros, com 10 quartéis disbribuidos pela cidade e um destacamento no aeroporto da portela, mas só com uma central telefónica, secretaria e outros serviços relacionados com o bom funcionamento da instituição.
Esta ultima corporação é composta unica e exclusivamente por bombeiros profissionais e alguns civis que trabalham fora do socorro, remunerados dignamente, treinados diáriamente, embora em termos de progressão na carreira já não seja aliciante por motivos de crise no país, possuí uma escola para bombeiros, com profissionais empenhados diáriamente na pesquisa e aperfeiçoamento de novas técnicas e formas de melhorar a prestação de socorro aos cidadãos, onde na mesma são administradas as recrutas a novos candidatos a Sapador Bombeiro para além de cursos de promoção na carreira de bombeiro profissional e voluntário a nivel nacional e cursos e acções de formação a diversas entidades como a G.N.R. e civis na área de socorro e prevenção. Contudo qualquer certificado será atribuido pela Escola Nacional de Bombeiros em Sintra.
Eu próprio sou Voluntário como dador de sangue assiduo e apoio algumas causas humanitárias sempre que tenho disponibilidade, não sou de todo contra o voluntariado que considero muito importante na sociedade, penso apenas que todos os cidadãos Portugueses devem ser servidos por ''nós'' Bombeiros da mesma forma, para mim não existem cidadãos de 1ª ou de 2ª e um cidadão de Torres Vedras merece uma prestação de serviço ao nível que um ''Alfacinha'' está habituado há já muitos anos já que paga os seus impostos de igual forma.
Posso dizer que apesar da crise tenho uma profissão gratificante ao contrário dos meus colegas voluntários que muitas vezes não podem ter treino ou formação porque a têm de pagar do próprio bolso ou têm que ter outro emprego para poderem ter uma vida digna abdicando da família em prol da sua paixão pelo ''melhor trabalho do mundo'', simplesmente não é justo e têm toda a minha compaixão.
Com isto termino apenas mencionando, mais uma vez, que não sou contra o voluntariado sou sim, e como a maioria dos Portugueses devem ser, a favor da profissionalização do sector.
Se assim o é na restante Europa comunitária porque razão continua só no nosso país este modelo de elitismos a favor das grandes cidades, em uma área tão importante para o desenvolvimento de um país? Porque ardeu tanto?

Rogério Cabaço TT05/08
3 de Junho de 2008

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