quarta-feira, 30 de julho de 2008

“O Cancro “


O cancro da mama desenvolve-se de forma descontrolada, acabando por dar origem a um tumor ou nódulo. Normalmente, as células crescem e dividem-se para darem origem a novas células só quando o corpo precisa delas. Este processo organizado ajuda a conservar o corpo saudável.
Por vezes, as células continuam a dividir-se mesmo sem haver necessidade disso. As células da glândula mamária que se “multiplicam” de forma descontrolada formam tecidos que se chamam tumores. Estes podem ser benignos ou malignos.
Todos os tratamentos seguem um protocolo. A duas pessoas que têm o mesmo tipo de cancro, é aplicado o mesmo tratamento, e podem ter resultados diferentes. Isto acontece porque as pessoas podem reagir de modo diferente aos tratamentos. Existem vários tipos de tratamento: a radioterapia, a quimioterapia, a terapêutica hormonal e a imunoterapia.
Dependendo do tipo de cancro, há pessoas que fazem tratamentos antes e outras depois de serem operadas.
A cirurgia é a extracção do tumor, que pode levar a tirar a mama toda ou parcialmente. Os efeitos secundários são de dor após a cirurgia, cansaço e outros.
A radioterapia é o uso de radiações para matar as células cancerosas. Os efeitos secundários são o cansaço, a vermelhidão e irritação na pele.
A quimioterapia é o uso de medicamentos, comprimidos ou injecções, para destruir as células cancerosas, que são alternados em varias sessões. Os efeitos secundários são: a falta de apetite, enjoos, diarreias, perda de cabelo, cansaço, feridas na boca ou lábios, dormência, ardor nas mãos e pés e outros sintomas.
Do pouco que está escrito aqui, neste pequeno texto, eu vi a minha mãe passar por tudo isto e muito mais.
Quando estava na fase da quimioterapia, sofreu muito. Teve sintomas horrorosos.
A família também sofreu muito. Fui eu que acompanhei durante todo o percurso da doença. Tive de deixar de trabalhar para estar com ela a cem por cento: acompanhava as sessões de quimioterapia, análises, horas infinitas nas urgências (no IPO de Lisboa deixam o acompanhante estar ao pé do doente) e também durante os muitos internamentos a que esteve sujeita.
Passado um ano, melhorou muito e começou a ir às consultas de três em três meses.
A boa notícia só durou durante seis meses: quando foi tirar análises de rotina, os valores não estavam bem, a partir desse momento, foi-lhe diagnosticado algumas células cancerosas, que se tinham alojado no fígado. Nessa altura fui informada que, a nível de medicina, não havia nada a fazer.
O que mais me marcou foi o seu último mês de vida: estes doentes quando estão na fase terminal não têm dignidade.
Posso dizer que toda a equipa médica foi fantástica, mas o doutora da quimioterapia foi para mim uma pessoa espectacular, tanto como profissional como ser humano.
No caso da minha mãe, infelizmente, depois de tudo aquilo que passou, faleceu, mas existem muitos doentes que conseguem “vencer” a doença, porque a medicina está cada vez mais avançada e estão, constantemente, a descobrir novos métodos para combater o cancro, por isso quem tiver cancro nunca desista de viver.


Isabel Francisco T.T.05/08

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