segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Simples homenagem ao "Verdadeiro Homem de Abril"

Naquele dia do principio de Abril de 1992, no Cemitério de Castelo de Vide, quatro Presidentes da Républica (António de Spínola, Costa Gomes, Ramalho Eanes e Mário Soares), vêem descer à terra, num modesto caixão, o corpo de um dos homens, que em minha opinião, mais contibuiu para que eles tivessem podido ascender à mais alta magistratura da Nação. No dia 4, Fernando Salgueiro Maia fora vencido pela doença. "O gajo ganhou", dissera ele a um amigo, referindo-se ao cancro, quando se convenceu do carácter terminal da sua doença.
Mas quem é este homem, que agora desce à terra, em campa rasa e ao som de "Grândola Vila Morena"?
Nasce em Castelo de Vide, em 1 de Julho de 1944. Muito novo, fica orfão de mãe. Faz os estudos primários em São Torcato e os secundários no Colégio de Nun`Álvares de Tomar e no Liceu Nacional de Leiria. Em 1964, ingressa na Academia Militar.
Filho de uma familia de ferroviários, é a situação de guerra nas colónias que lhe permite o acesso à Academia Militar, pois o conflito fez perder as vocações habituais, sendo aquela instituição "obrigada" a abrir as portas aqueles que habitualmente não teriam acesso a ela, Dois anos depois apresenta-se na Escola Prática de Cavalaria, após o que é enviado a prestar serviço na guerra colonial, de onde volta com a patente de Tenente.
Porém para falar-mos deste verdadeiro "Heroi de Abril" tudo se pode resumir ao seguinte: Salgueiro Maia, Soldado português que à frente de 240 homens, que só a ele confiavam a sua vida, avançou sobre Lisboa em 25 de Abril de 1974, saindo da Escola Prática de Cavalaria com dez carros de combate, ocupando o Terreiro do Paço levando os Ministros de um regime ditatorial ignóbil, de quase 50 anos, a fugir como coelhos assustados, cercou o Quartel do Carmo obrigando o então Presidente do Conselho, Marcelo Caetano, a render-se e a demitir-se. Atingiu o posto de Tenente-Coronel e recusou sempre cargos públicos e de poder.É o mais puro símbolo, ao contrário de outros, da coragem e da generosidade dos "Capitães de Abril".

Domingos Ferreira TT 04/08

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A problemática das alterações climáticas

O clima está a ser alterado essencialmente devido à emissão de gases que geram o efeito estufa, provocados em grande parte pela utilização excessiva e desmedida dos combustíveis fósseis, nomeadamente o carvão, o gás natural, petróleo e seus derivados. Estes são responsáveis por ¾ das emissões de dióxido de carbono para a atmosfera. Estas emissões têm diversas origens, as quais incluem actividades industriais, agrícolas, transportes, centrais energéticas, etc. As alterações climáticas afectam hoje o quotidiano de biliões de pessoas, através dos fenómenos climáticos extremos.
Para evitar o agravamento da situação actual, seria imprescindível parar de lançar para a atmosfera dióxido de carbono, metano e óxido nitroso. Estes gases formam uma espécie de cobertor em torno do planeta, impedindo que a radiação solar, reflectida pela superfície em forma de calor, retorne ao espaço. É o chamado efeito de estufa, ao qual cabe a responsabilidade pelo aumento da temperatura global.
O oceano, as florestas e o solo são importantes reservatórios que trocam activamente carbono com a atmosfera, representando os chamados “sumidouros” de carbono, na medida em que permitem a sua retenção. Apenas as florestas e o solo têm capacidade de trocar o carbono activamente com a atmosfera. Entretanto, a destruição das florestas naturais e a libertação de grandes quantidades de desse gás têm levado a que a sua fixação não seja suficiente para compensar o que é libertado, tendo-se vindo a intensificar a sua presença na atmosfera.
Mostra-se relevante apostar numa política de planeamento ambiental marcada pela prioridade conferida ao sector florestal e agrícola, incentivando-se políticas de florestação e reflorestação, conversão de áreas sem finalidades agrícolas relevantes e áreas abandonadas em zonas florestais.
Face à problemática das AC e ao consciencializar da sua relevância no contexto actual, no âmbito do ordenamento do território e do planeamento ambiental deverá apostar-se em: aumentar a eficiência energética; utilizar de forma sustentável os recursos naturais; reduzir a dependência de combustíveis fósseis pelo uso de energias renováveis; incentivar a preservação de áreas verdes e reflorestação de áreas degradadas; consciencializar os cidadãos; apostar na educação ambiental e investir na reestruturação do sistema de transportes.


Cristina Silva Ramos
Grupo TT09
Data: 2008/11/26

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Fernando Pessoa "Liberdade"

LIBERDADE

Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...

Ana Leitão TT04/08

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Construção Urbanística e o impacto Ambiental

A construção de edifícios é uma das actividades humanas com maior impacto sobre o ambiente. Para se construir um edifício são produzidas inúmeras quantidades de substâncias nocivas para a camada do ozono, para além de serem consumidas enormes quantidades de energia.

Segundo estudos do IST – Instituto Superior Técnico de Lisboa, são necessários 1300 quilowatts de energia por hora para produzir 1 metro cúbico de betão armado. A energia que se gasta por ano para a produção de betão é superior à consumida na totalidade dos lares Portugueses.

Mas não é só na construção que são gastos enormes recursos ambientais, as demolições são outra face do problema, talvez até com consequências mais graves. Como todos sabemos, infelizmente a reciclagem de betão é muito pouco viável, uma vez que o consumo de energia gasta para triturar o betão e para o seu posterior transporte acaba por ser muito elevado, para alem do seu uso ser muito restrito, sendo apenas usado na construção de estradas.

Li algures e por experiencia profissional sou forçado a concordar que existem 40% de casas desabitadas em Portugal, sendo que o nosso País é a par da Espanha o país da União onde se regista a maior percentagem de casas vazias. Este excesso de construção é uma ameaça gravíssima à nossa sustentabilidade económica e leva à degradação do nosso riquíssimo património histórico e natural.

Entendo que é urgente promover um debate sério e de dimensão nacional que obrigue o estado a travar legislativamente a concessão de licenças de construção, promovendo de vez a reabilitação das construções mais antigas, evitando-se assim as demolições e recuperando o nosso património ajustando o mercado de arrendamento de forma a que se promova a ocupação dos edifícios mais recentes que estão desabitados, e sobretudo comprometendo os proprietários, arrendatários e autarquias na obrigação de zelarem pela manutenção e reabilitação destas casas.


FRANCISCO DIAS TT05/08
DATA: 06/11/08

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Será justo??

Gostaria apenas de fazer uma pequena reflexão em jeito de opinião pessoal, acerca de achar necessário e prioritário que o nosso estado passe a comparticipar a 100% os medicamentos e toda a panóplia de utensílios que acarreta o ser portador de uma doença crónica, no caso da minha mãe esta paga pouco menos de 50% dos medicamentos que toma e para ter direito à máquina que mede a glicemia tem de apresentar 4 receitas ou 1 receita de 4 caixas de tiras de teste para glicemia ou de lancetas esterilizadas (agulhas).
Se a saúde é paga directamente pelas verbas obtidas com os impostos porque não beneficiar quem contribui para essas mesmas verbas? A saúde é realmente um óptimo negócio só é pena que não seja igualmente lucrativo para os utentes que esperam e desesperam em longas filas de espera por uma consulta, uma intervenção cirúrgica, internamento, medicação, enfim, pelo bem-estar a que todos deveríamos ter acesso rápida e gratuitamente por direito.
Revolta-me que o estado diferencie certas doenças em detrimento de outras, falo especificamente da toxicodependência que é mais um caso de dependência física e/ou psicológica originado pelo consumo repetido de substancias psicoativas de forma descontrolada, do que uma doença crónica, sendo este um comportamento de risco que na maioria das vezes é escolhido pelo individuo e precedido de consequências muito graves para o mesmo e também para os que o rodeiam. Não quero com isto dizer que quem é apanhado nos meandros da toxicodependência seja posto de lado, isso não, são seres humanos iguais aos outros que merecem ser ajudados como todos nós e a quem deve ser dada a oportunidade de se tratar e reinserir na nossa sociedade, mas não é isto que ponho em causa de forma alguma. O que tento perceber é porque é que os diabéticos têm de pagar por exemplo pelas seringas (ou parte delas) enquanto aos toxicodependentes basta para isso dirigirem-se a qualquer farmácia trocando a seringa usada por uma nova, já sei, vão dizer-me que é para evitar a troca das mesmas e futuros contágios de doenças, tudo bem, também concordo. Mas será justo? Um toxicodependente tem, não só, direito a seringas gratuitas mas também a outros serviços de saúde como consultas de psiquiatria ou psicologia e até tratamentos com metadona gratuitos ou altamente comparticipados. Inclusive subsídios dados pelo estado (entenda-se dinheiro dos contribuintes) para se tratarem. E é isto que não percebo. Se estes indivíduos que contribuíram objectivamente para a sua doença são tão beneficiados, porque não beneficiar de igual forma cidadãos com doenças crónicas para as quais não contribuíram e que lhes leva a maior parte das vezes uma grande fatia do seu património (quando não toda) para as combaterem e terem uma vida minimamente condigna? Porque os penaliza tanto o nosso estado?
É PRIORITÁRIO E URGENTE que o Estado identifique as necessidades e adeqúe as respostas no sector da saúde.
A ver vamos, resta-nos aguardar, é que neste país que se está tornar Portugal, esperar, é mesmo o melhor remédio.


Susana Banza TT04/08

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Esquizofrenia…

Esquizofrenia: o que é?
A esquizofrenia é uma das doenças mentais mais graves e incapacitantes do mundo, não só para o doente mas também para toda a sua rede de relações sociais e familiares.
A esquizofrenia é uma das doenças mentais mais graves e incapacitantes do mundo, não só para o doente mas também para toda a sua rede de relações sociais e familiares.

Na prática, resulta numa profunda mudança da personalidade, do pensamento, dos afectos e do sentido da própria individualidade. É uma perturbação grave que leva o doente a confundir a fantasia com a realidade e que geralmente conduz a modos de vida inadaptada e ao isolamento social.

Em Portugal, existem cerca de 100 mil doentes esquizofrénicos, ou seja, cerca de um por cento da população nacional, números que acompanham a prevalência a nível mundial.

Trata-se de uma doença mental grave e incapacitante, que se encontra identificada praticamente em todo o mundo atingindo indiferenciadamente classes sociais e raças. Quando poderá surgir?

O aparecimento da doença nos indivíduos ocorre normalmente entre os 16 e os 25 anos de idade em ambos os sexos.

O perfil do aparecimento da doença não é uniforme tanto no que se refere à altura do seu aparecimento como à forma como ela se revela, ou seja, varia de indivíduo para indivíduo e do próprio desenvolvimento da doença, sendo que a evolução da esquizofrenia pode ser caracterizada por dois estados, súbito ou lento.

No estado súbito, a doença manifesta-se rapidamente e tem uma evolução em escassos dias ou semanas, enquanto no estado lento o diagnóstico precoce é muito mais difícil e pode mesmo levar vários meses ou anos até que se detecte.

No caso da evolução lenta, a esquizofrenia no grupo dos jovens adultos pode mesmo ser confundida com as chamadas crises de adolescência e por este motivo frequentemente desvalorizada. Desta forma, o isolamento, a quebra de rendimento escolar ou as alterações de comportamento são vistas pelos pais e professores como normais e passageiras.


Esquizofrenia: sintomas
A esquizofrenia, devido às suas características, foi um sinónimo de exclusão social, durante muito tempo.
Os sintomas esquizofrénicos podem ser classificados em duas categorias:

Sintomas “Positivos”
• Delírios – ideias delirantes – (pensamentos irreais, como, por exemplo, as ideias de ser perseguido ou vigiado);
• Alucinações (percepções irreais – ouvir, ver saborear, cheirar ou sentir algo irreal – como, por exemplo, vozes que mandam fazer alguma coisa, ou comentam actos);
• Pensamento e discurso desorganizado (elaborar frases sem qualquer sentido ou inventar palavras);
• Agitação, ansiedade, impulsos.
Sintomas “Negativos”
• Falta de vontade ou de iniciativa;
• Isolamento social;
• Apatia;
• Indiferença emocional;
• Pobreza do pensamento.
A esquizofrenia, devido às suas características, durante muito tempo foi um sinónimo de exclusão social. No entanto, a partir da segunda metade do séc. XX, os avanços terapêuticos permitiram um maior conhecimento da doença apontando para novas soluções de tratamento impactando de forma positiva a qualidade de vida do doente.

Esquizofrenia: tratamento
O tratamento deverá actuar a vários níveis para conseguir manter ou reconduzir, completa ou parcialmente, o indivíduo a uma qualidade de vida aceitável.
A doença deve ser considerada nos seus diversos aspectos e o tratamento deverá actuar a vários níveis para conseguir manter ou reconduzir, completa ou parcialmente, o indivíduo a uma qualidade de vida aceitável.

O controlo da doença está sempre ligado à precocidade do diagnóstico. Por outro lado, quanto mais precoce for o aparecimento da doença mais difícil será de tratar. Já se verificou que quanto mais tarde for feito o diagnóstico, pior é a evolução da doença, porque determinados mecanismos se estruturam, se consolidam, tornando-se mais complicado modificá-los.

O tratamento farmacológico é, portanto, fundamental, na medida em que permite obter melhores resultados, sobretudo quando combinado com a intervenção psicossocial que tende a minimizar o impacto de acontecimentos derivados do contexto em que o doente vive.

Por esse motivo, devem ter lugar intervenções individuais e de grupo, tais como psicoterapia, reabilitação e aprendizagem social, sempre a desenvolver em estruturas adequadas. Além disso, estudos realizados até à data demonstraram que a combinação das diversas estratégias de tratamento também permite diminuir a ocorrência de recaídas.

Na prática, a nova orientação na terapêutica fundamenta-se em três critérios:
• Intervenção precoce.
• Tratamento farmacológico orientado e individualizado, tirando partido da eficácia dos fármacos de nova geração que permitem diminuir a sintomatologia com menos efeitos secundários, melhorando a adesão do doente ao tratamento.
• Intervenção de reabilitação que poderá actuar cada vez melhor, graças à capacidade de resposta do indivíduo às solicitações da reinserção.
Assim, novos medicamentos para a esquizofrenia são sempre desejados pelo aumento das probabilidades de tratamento com sucesso e serão sempre escassos face ao peso da doença.

Nesta matéria, o mais recente avanço na luta contra a esquizofrenia foi lançado recentemente em Portugal um novo antipsicótico cuja substância activa é a ziprasidona.

Este antipsicótico é eficaz no tratamento de doentes esquizofrénicos e tem um perfil de tolerabilidade superior aos outros medicamentos da sua classe. A ziprasidona melhora a qualidade de vida do doente, verificando-se uma melhor adesão à terapêutica.

Os doentes esquizofrénicos apresentam frequentemente alterações em vários parâmetros de saúde como sejam os níveis de triglicéridos, colesterol e prolactina, peso corporal, diabetes e perturbações do movimento, que podem ser decorrentes da própria doença, mas que na sua maioria são decorrentes do tratamento com antipsicóticos.

Neste nível, a ziprasidona apresenta um melhor perfil de tolerabilidade, destacando-se as suas vantagens de não interferência nesses parâmetros. Além disso, verificou-se que também os doentes que abandonaram tratamentos anteriores e iniciaram ziprasidona podem beneficiar desses efeitos.

“As investigações demonstram uma taxa de remissão de mais de 80% entre os doentes esquizofrénicos que receberam (no primeiro episódio) uma terapêutica imediata com fármacos antipsicóticos.”

Filipa TT06/08

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Gerimos bem o nosso tempo

Em qualquer situação na vida, temos sempre pelo menos dois caminhos, e quase sempre um é pela inércia, ou seja, mais confortável, não exige esforço nenhum, é quase o óbvio (o qual depende das crenças e paradigmas que tenha adquirido ao longo dos anos); e o outro é mais difícil, exige muito mais esforço, algumas vezes não é muito claro, mantemos uma resistência normal e ainda acreditamos que não vai dar certo. Uma coisa eu garanto, este último, vai fazer-nos crescer. Se queremos crescer, temos de sair do comodismo, da zona de conforto.
Tentar ser eficiente e eficaz é totalmente irrelevante se não sabemos onde e como aplicar o tempo. É preciso dispor de objectivos e metas muito bem avaliadas e claras, onde não se tenha mais dúvida nenhuma.
O tempo é o principal recurso de que dispomos.
Então, como estamos utilizando o nosso tempo actualmente? Se a maioria das pessoas fosse analisar onde aplica o seu tempo, com certeza ficaria surpreendida com a quantidade de actividades que são feitas por dia e que não tem importância. Agora, para conhecer com precisão quais são essas actividades, precisamos ter plena consciência delas, e para isso vai ser necessário fazer um registo detalhado das mesmas.
A diferença entre os que conseguem melhores resultados da vida e os que não conseguem, mesmo trabalhando 18h por dia, está justamente em como administrar esse recurso precioso que é finito. É uma questão de identificar e trabalhar com prioridades.
Então, para aproveitarmos melhor o tempo, devemos conhecer com detalhes onde o estamos aplicando actualmente. Cuidado! A tendência geral é confiar na memória. Nesta hora é melhor desconfiar nela, pois ela poderá trair-nos. Quando tivermos registada essa informação, procuremos responder ao seguinte: as actividades que realizo diariamente são coerentes e impulsionam os meus objectivos actuais?. Realmente estou aplicando o tempo em actividades relevantes e importantes?
Na realidade, o tempo não pode ser aumentado, dilatado, poupado, racionalizado ou seja, não podemos manipular o tempo. O que podemos fazer de forma objectiva e realista é examinar como o aplicamos. O resultado final desta análise não vai ser uma técnica, nem uma fórmula mágica ou burocrática e sim o primeiro passo para o reconhecimento do que fazemos diariamente, comparado com o que deveríamos estar fazendo. Os resultados que temos actualmente são consequência do que fazemos e o que deixamos de fazer, daí, se não estamos gostando destes resultados, é preciso mudar. Ai vem a pergunta: o que preciso fazer para mudar, para ter melhores resultados?? Isto significa questionar alguns paradigmas que limitam as nossas atitudes, significa abrir a mente para novos conhecimentos, crenças, funções, rotinas, etc., que nos levem em direcção aos resultados que almejamos, sejam eles pessoais ou profissionais.
Se queremos realmente ser líderes eficazes para os outros, comecemos sendo melhores líderes para nós mesmo. Comecemos a questionar-nos e a aplicar melhor o nosso tempo.
Esta acção requer antes de tudo auto-disciplina e persistência, sem estas duas virtudes, vai ser difícil ir até o final, porém muito provavelmente quem a praticar ficará surpreendido com os resultados, nomeadamente a alegria e a realização.
Não nos podemos nunca esquecer que somos as únicas criaturas na face da terra capazes de mudar a nossa biologia pelo que pensamos e sentimos! As nossas células estão constantemente bisbilhotando nossos pensamentos e sendo modificadas por eles. Um surto de depressão pode arrasar o nosso sistema imunológico. Apaixonarmo-nos, ao contrário, pode fortificá-lo tremendamente. A alegria e a realização, pessoal ou profissional, mantêm-nos saudáveis e prolongam a nossa vida.

Portanto deixem-se apaixonar.


Grupo TT05/08 Delcio Vieira

domingo, 12 de outubro de 2008

NÃO SEI MAIS DO QUE UMA CRIANÇA DE 10 ANOS

Confesso que não tenho muito tempo para ver concursos na televisão, mas das poucas vezes que vi o “Não sei mais do que uma criança de 10 anos” , atraíu-me particularmente o brilho nos olhos dos miúdos e o seu comportamento, não eram miúdos sabichões e arrogantes, mas sábios e discretos.
O que pode motivar as pessoas a gostar de aprender?
Será genético ou dependerá do meio e das circunstâncias?
Quando as escolas têm professores dinâmicos e interessados, as crianças e os adolescentes encontram atractivos e estímulos para a imaginação e para o conhecimento, mas quando tal não acontece é fácil caír na indiferença.
Com o ínicio de mais um ano lectivo é sempre uma preocupação para as famílias principalmente quando mudam de escolas.
Os pais receiam os ambientes e as novas companhias que os filhos vão encontrar e temem o desconhecido. A percepção de que os espaços escolares nem sempre são pacíficos, também gera alguma inquitação quando se vêm os comentários sobre o estado do ensino.
É fundamental credibilizar o ensino, os exames e as escolas para que o sistema educativo conquiste a confiança das pessoas e fomente nos mais novos a vontade de aprender.
Oxalá que num futuro próximo, haja muitos mais meninos que gostem de aprender e que saibam muito mais do que nós.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008


Segurança Alimentar

A segurança alimentar é um tema muito vasto e que actualmente se tem ouvido falar muito pelas autoridades e comunicação social, mas importa definir qual o seu conceito. Genericamente pode-se descrever a segurança alimentar como “Conceito de que um género alimentício não causará dano ao consumidor quando preparado e/ou ingerido de acordo com a utilização prevista”.O compromisso da União Europeia de valorização dos seus produtos através da qualidade e não da produção em massa e sem controlo levou Portugal, assim como aos outros estados membros, a adoptar medidas que garantissem, entre outros, a segurança dos alimentos que ingerimos.A ideia de que “antigamente comíamos de tudo e nada nos fazia mal…” também deve ser pensada segundo as actuais condições. Portugal ocupa actualmente o 4º lugar na União Europeia dos países cuja população mais consome antibióticos. Os níveis de poluição actuais e utilização de agro-químicos na produção primária, assim como a evolução natural dos microrganismos patogénicos às condições desfavoráveis que tentamos criar, levam a um aumento do risco e perigosidade dos produtos alimentares quando não controlados. A falta de tempo do consumidor actual também é um factor importante, visto por vezes ser descurada a atenção devida ao produto alimentar na tentativa de satisfazer um consumismo que exige resposta rápida.·O direito de exigir um produto de elevada qualidade e sem riscos para a saúde é também uma responsabilidade e um dever de toda a cadeia alimentar. Da agricultura à casa do consumidor, todos os intervenientes devem estar conscientes dos perigos existentes e aplicar acções que reduzam a existência desses perigos. Disso depende que exista uma metodologia aplicada por todos, para que a comunicação entre os sectores e consumidor possa ser eficiente. No fundo, não nos podemos esquecer que todos somos consumidores, portanto, todos temos o direito de exigir produtos alimentares seguros para nós e para os nossos.
Isabel TT04/08

domingo, 14 de setembro de 2008

CRIMINALIDADE E INSEGURANÇA

O clima de insegurança instalou-se no nosso país. O que fazer para combater esta onda de criminalidade violenta? Na minha opinião acho que devíamos, entre outras tantas coisas, copiar o modelo americano no que diz respeito ás políticas de imigração. Já que os imitamos em tantas coisas, como na nova lei do tabaco por exemplo, porque não adoptar algumas que nos seriam mais úteis? Nos Estados Unidos existe um controlo de rotina nos chamados bairros problemáticos, onde se verifica a nacionalidade das pessoas e a sua situação profissional. Quem estiver numa situação ilegal é detido e depois repatriado. Não quero dizer com isto que os imigrantes sejam os únicos culpados pelo aumento da criminalidade. Os nossos governantes não fazem nenhuma política de integração, logo os estrangeiros chegam cá e a vida deles transforma-se num «salve-se quem puder». Não acho correcto. Outro factor bastante abonatório para o criminoso são as leis brandas do nosso sistema judicial. O arguido tem a lei a seu favor enquanto para a vitima os seus direitos não estão acautelados. Há que rever essa matéria. Como temos visto nas manchetes dos jornais e na abertura dos telejornais, a criminalidade violenta aumentou substancialmente. Nos ditos países civilizados existe um policia em cada agência bancária e em cada tribunal. Essa medida preventiva resulta mas em Portugal não se verifica. Porquê? Só se for para enriquecer o «lobby» das seguranças privadas. Acho que chegamos à altura de dizer basta! A sensação que o povo tem é que a policia só funciona nas estradas, nas «operações-stop», e isso tem que acabar. O país está em crise, logo o crime aumenta, logo as leis têm de se adequar ao estado da nação. Eu sou a favor da acumulação de penas e até da pena de morte. Se alguém rouba, mata e reage à detenção devia ser acusado de ter cometido três delitos. A pena de morte serviria de exemplo para certo tipo de crimes que o país não tolera como, por exemplo, a pedofilia. Como todos sabemos não há regra sem excepção, mas quem arriscasse tinha que sofrer as consequências.

Nuno Marques TT04/08

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Centros Geriátricos, há que preparar o nosso futuro.

Centros Geriátricos, há que preparar o nosso futuro.


Li algures que nas próximas décadas Portugal será um dos países mais envelhecidos da Europa, comecei a pensar no meu futuro e fiquei preocupado!

Fiquei preocupado porque pensei que se nas gerações anteriores o conceito de família era bem vincado na nossa sociedade e quase havia a obrigação de serem os mais novos a cuidar dos mais velhos, agora a realidade social do nosso meio é completamente diferente.

O conceito de família e as obrigações sociais para com os mais velhos são praticamente inexistentes. A nossa sociedade obriga-nos a tornar-nos independentes e desligados.

É pois cada vez mais necessário olhar para os Centros Geriátricos, como a opção mais viável para o nosso futuro. Mas aí a minha preocupação aumenta sobremaneira, olhando para a realidade actual destes centros, verifico que os mesmos não passam de antecâmaras para a morte onde os ocupantes esperam desesperadamente que a morte acabe com seu sofrimento, estando estes abandonados na maioria das vezes à sua sorte sendo apenas visitados pelos seus entes queridos em dias de festa esporadicamente em alguns fins-de-semana.

É preciso humanizar os Centros Geriátricos, torna-los espaços activos onde cada um de acordo com as suas possibilidades possa desenvolver actividades lúdicas, culturais, enfim onde possa terminar os seus dias em qualidade.

Há que trazer estes espaços para os centros urbanos e profissionais para que não se sinta o isolamento nem se quebrem as poucas raízes familiares e de amizade que possam restar, promovendo-se desta forma visitas regulares e se possível podendo envolver a própria sociedade nas actividades normais dos centros.

Continuo preocupado…




FRANCISCO DIAS TT05/08
DATA: 09/09/08

10 Perguntas que para as quais não encontro respostas?

10 Perguntas que para as quais não encontro respostas!


1. Porque é que Portugal não consegue aproximar-se dos níveis de desenvolvimento e de crescimento dos seus parceiros da EU, mesmo se comparado com os países que acabaram de entrar e que depressa nos ultrapassaram atingindo níveis de crescimento em muitos casos superiores à média da União?

2. Porque é que a Finlândia, um pais frio, com um clima extremamente adverso onde praticamente não se vê o sol e que está localizado na região mais periférica da Europa, consegue produzir marcas globais e com isso obter reconhecimento internacional e Portugal que possui o melhor clima do Continente, que é em comparação, muito menos periférico e que possui uma entrada única para o Atlântico, não consegue sequer ter uma marca de referencia a nível nacional?

3. Porque é que os Portugueses são dos povos que mais horas passam no trabalho e apresentam menores índices de produtividade?

4. Porque é que em pleno século XXI, o estado ainda é o principal empregador em Portugal?

5. Porque é que mais de 50% dos subsídios destinado ás empresas e empresários obtidos através dos fundos da EU, acabam invariavelmente por ser devolvidos sem que os mesmos tenham sido utilizados?

6. Porque é que a nossa lei laboral, continua a proteger os interesses daqueles que não produzem em detrimento dos empreendedores que à tanto tempo reclamam uma lei laboral mais flexível que proteja o mérito e responsabilize quem não produz e quem contribui para a não consecução dos objectivos traçados?

7. Porque é que apenas 1/3 das forças de segurança nacionais faz serviço de rua, enquanto a criminalidade violenta aumenta a olhos vistos?

8. Porque é que falta tantos médicos nos hospitais Portugueses e o Estado prefere contratar médicos estrangeiros em vez de baixar as notas de ingresso na faculdade de medicina e autorizar a abertura de universidades privadas?

9. Porque é que os Portugueses são obrigados a descontar para a segurança social e depois não têm acesso ao médico de família e para serem operados têm que esperar anos ou encontrar alternativas na medicina privada?

10. Porque é que continuamos todos a votar nos mesmos partidos?



FRANCISCO DIAS TT05/08
DATA: 09/09/08

sábado, 6 de setembro de 2008

O livro de Reclamções

O livro de Reclamações é uma excelente ferramenta para as pessoas poderem reclamar os seus direitos exprimirem as suas opiniões e poderem dar sugestões para as instituições poderem melhorar os seus serviços e deveres a prestar aos clientes. Mas o que eu me tenho apercebido recentemente no meu trabalho é que as pessoas hoje em dia pedem o livro de Reclamações para intimidar os funcionários.
O livro serve como “arma” contra os funcionários. As pessoas afirmam que têm direitos e esquecem-se dos direitos das pessoas que os atende, como se estas não fossem pessoas e não tivessem direitos.

Ricardo Cardoso-TT04/08
Os benefícios que o pão nos pode dar



Apesar de se dizer que o pão engorda, a verdade é que engorda é o que se junta ao pão, nomeadamente a manteiga, o doce ou o queijo devendo por isso preferir-se os legumes e os vegetais, tais como a alface e o tomate, ou os queijos brancos e as manteigas light.
Deve sublinhar-se que o pão é um alimento essencial numa alimentação equilibrada, visto que é rico em proteínas e hidratos de carbono, uma excelente fonte de energia para o organismo e, por ser de lenta absorção, permite saciar a fome e manter os índices de açúcar do sangue regulares por várias horas.
O pão é também rico em cálcio, essencial para a saúde dos ossos e dos dentes, bem como em fibras, ferro, vitaminas e minerais. Assim, este alimento traz inúmeros benefícios para a saúde, uma vez que os elementos que o compõem actuam na pressão arterial, reduzem o risco de doenças cardiovasculares e regulam o índice de glicemia do sangue.
O pão tem uma percentagem reduzida de gordura e, no caso do pão integral ou de mistura, tem uma maior quantidade de fibras, fundamentais para facilitar a digestão e combater a obstipação.


06/09/2008
Isabel Francisco T.T. 05/08

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Segurança alimentar e higiene

A higiene deve ser entendida como um modo de bem estar e não um conjunto de regras e obrigações.Sempre que um consumidor pretende adquirir ou consumir um género alimentício parte do princípio que este se encontra em boas condições higiénicas. Contudo, esta não é a realidade, pois com frequência surgem situações relacionadas com intoxicações alimentares.Sendo os alimentos uma necessidade básica para o ser humano, não faz sentido falar-se de qualidade de vida se não se preservarem as condições higiénicas dos alimentos.Define-se a higiene como o conjunto de regras práticas que têm por objectivo proteger a saúde e prevenir a doença, evitando a deterioração dos alimentos e prevenindo qualquer possível risco para a saúde pública.O conceito de higiene deve ser considerado como um factor de produção, cujo objectivo final é a produção de bens de consumo, alimentos em boas condições.A microbiologia e a higiene alimentar estão relacionadas e têm como objectivo principal conhecer os microrganismos e as práticas incorrectas que podem vir a alterar os alimentos, e, por conseguinte, a saúde dos consumidores.O cumprimento das regras de higiene é fundamental para a boa qualidade dos alimentos e para a saúde dos consumidores. Má higiene dos manipuladores de alimentos, dos equipamentos e das instalações onde se preparam géneros alimentares são causa frequente de doença nos consumidores. Em seguida, serão abordados alguns aspectos relacionados com a higiene dos trabalhadores, dos equipamentos e das instalações.

Isabel TT04/08

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Violência Domestica



“Nos dias de hoje falo deste assunto já com alguma tranquilidade, mas depois fico com alguma angústia, durante anos, minha mãe sofreu violência doméstica.
Durante anos assisti, ao meu pai a agredir a minha mãe, tanto verbalmente como fisicamente.
A última vez que ele a agrediu já eu tinha dezasseis anos, eu penso, pois esta situação prolongou-se durante tantos anos que até perdi a conta, ele é emigrante, e só estava connosco no mês de Agosto e Dezembro, a altura em que ele gozava férias.
A meu ver os pais são as pessoas mais importantes na vida dos filhos, são eles que devem tentar fornecer informações adequadas à satisfação das suas curiosidades, funcionando como a sua primeira escola, tentando assim dar bons exemplos.
A minha mãe conseguiu-nos transmitir muitos valores, porque foi mãe e pai ao mesmo tempo.
Não existem formas mágicas para educar uma criança, mas se a família estiver atenta e presente, os pais, ou seus substitutos, perceberem que lhes cabe naturalmente uma grande dose de paciência, compreensão, responsabilidade e lucidez.
Muitas foram e serão as crianças vítimas de ambientes familiares carregados de grande violência, e que nunca foram adultos violentos (como eu), sabe-se ou pelo menos é os estudos que indicam, nesse sentido, onde os adultos violentos, esses sim, foram quase sempre durante a infância crianças maltratadas.
Para que o desenvolvimento da sua personalidade se faça da melhor forma possível, a criança necessita de um ambiente estável e de pais compreensivos que lhes estabeleçam regras claras e limites firmes, ao mesmo tempo que lhe proporcionam oportunidades de crescimento.
A verdade é que o papel dos pais é a trave mestra da vida dos filhos, mas não existem pais perfeitos, nem os filhos precisam de pais perfeitos para nada, precisam sim, de pais atentos, disponíveis e afectuosos, que nas alturas certas estejam ao seu lado, para lhes corrigirem as suas atitudes, para os incentivem e apoiarem a seguir em frente, dando-lhes ânimo e coragem para alcançarem os objectivos.
As crianças têm de ser preparadas para as dificuldades e para todas as contrariedades que possa aparecer, só assim conseguem vencer as frustrações que as impedem de atingir determinada meta.
Para ajudar uma criança a crescer de forma equilibrada, durante o processo educativo tem de se ter em conta que existem muitos comportamentos que devem ser corrigidos e aperfeiçoados, como todos sabemos, os adultos já foram crianças e passaram por isso, no entanto as crianças nunca foram adultos.
As crianças ainda têm uma caminhada pela frente, por isso, os pais ao fazerem as críticas ou comentários sobre os seus comportamentos inadequados, devem-no fazer de modo a não magoar a imagem da criança e sempre de modo construtivo, devemos dizer: “filho não sabes que isso não se faz”, em vez de dizermos, “filho és um idiota, não sabes que isso não se faz”, mas encontram-se outros pais apreensivos pelo facto dos filhos não os respeitarem, nem seguir os seus conselhos e não fazendo o que lhes pedem, isto acontece porque os filhos foram absorvendo os modelos e comportamentos do meio familiar, mais cedo ou mais tarde acabam por vir a ser reproduzidos.
Há pais que se culpabilizam desnecessariamente, ao sentirem-se responsáveis por tudo o que não corre bem na visa dos filhos, outros, pelo contrario, estão convencidos de que nada do que sucede na vida dos filhos é reflexo da sua atitude, para esses pais a culpa é sempre projectada em terceiros, nomeadamente na escola, nos amigos, na televisão, etc.
Nos dias de hoje muitos pais estão a falhar na educação dos seus filhos, está à vista de um cego.

Isabel Francisco T.T.05/08

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

ADN

ADN


A descoberta dos genes e do ADN, há menos de um século atrás, foi um dos mais importantes avanços científicos de todos os tempos. Para além de revelar a forma como os seres vivos funcionam, a Ciência Genética abriu caminho para novas abordagens aos problemas humanos, desde alimentar as vítimas da fome no mundo até à cura do cancro. Deu-nos até o poder de conhecer bebés, de criar novos tipos de animais e fazer clones de nós próprios.

O ADN, que é um acrónimo de Ácido Desoxirribonucleico, é uma molécula biológica universal presente em todas as células vivas. Assim todas as células do nosso corpo contêm o mesmo ADN. O diâmetro médio do núcleo de uma dessas células é de 0.005mm (5000 vezes mais pequeno que a cabeça de um alfinete) e cada dessas células tem cerca de 2 metros de ADN!!! Este ADN todo só cabe no núcleo porque está muito enrolado e compactado, nos cromossomas. O ADN de cada um de nós chegaria ao Sol e regressaria à Terra 500 vezes. É no ADN que está contida toda a nossa informação genética, sob a forma de genes, isto é, a forma como cada um de nós é, resulta da interacção dos nossos genes com o ambiente que nos rodeia, desde o momento em que somos concebidos até à nossa morte, sendo estes responsáveis pela transmissão das nossas características hereditárias.

O ADN é constituído por quatro tipos de “tijolos” básicos (nucleótidos), unidade básica do ADN (que por sua vez é constituído por uma pentose, um grupo fosfato e uma base azotada), que se associam de uma forma específica, formando uma cadeia dupla: adenina (A) com timina (T) e guanina (G) com citosina (C). Os nucleótidos são designados deste modo devido às bases azotadas que entram nas suas constituições. É possível ler a cadeia de ADN, obtendo-se uma sequência de letras, como por exemplo, ATGATTCTGTAGCCTGATCCC, a uma sequência completa de ADN dá-se o nome de genoma.

O ADN tem a forma de uma escada de corda enrolada, ou seja, de uma hélice dupla em que os degraus são formados por pares de bases azotadas ligadas entre si, através de ligações de hidrogénio, com fundamento na complementaridade de bases. A estrutura, do ADN, foi proposta há mais ou menos 53 anos por James Watson e Francis Crick. A descoberta da estrutura do ADN abriu o caminho para se compreender como é que a informação genética é transmitida de pais para filhos, ou de uma célula para outra, isto é, como funciona a hereditariedade. Hoje em dia, esta descoberta tem uma importante em muitas das áreas da vida moderna, assim como na medicina, na reprodução, na alimentação, na longevidade e no ambiente. No caso da saúde e da medicina, existem milhares de doenças hereditárias diferentes, em que cada uma delas resulta de um defeito num dos genes, muitos dos quais agora conhecemos. Assim, esses defeitos conseguem ser detectados antes da nascença, existe ainda a esperança de os poder corrigir dentro de algum tempo, utilizando a terapia génica. Os testes genéticos permitem diagnosticar as doenças genéticas a que um indivíduo possa estar mais sujeito e preveni-las a tempo. A amniocentese é um exemplo de um teste genético pré-natal que é muito usado hoje em dia para detectar se um bebé irá sofrer a síndroma de Down, mais conhecido como mongolismo, este sindroma resulta da duplicação do cromossoma 21. Outro exemplo de influência na genética é a reprodução, onde as técnicas de fertilização in vitro (FIV) permitem que hoje muitos casais inférteis possam ter filhos. Aliado à FIV está o diagnóstico genético preimplantatório, que permite detectar, nos embriões, erros no ADN que causam muitas doenças, reduzindo-se assim a probabilidade de a criança nascer com uma dessas doenças genéticas. Este diagnóstico não pode, contudo, ser usado para excluir embriões com características estéticas e sociais não desejadas, como por exemplo, cor dos olhos, sexo ou inteligência. No entanto é ainda através do ADN, que se podem criar os «bilhetes de Identidade genéticos», ou seja, a partir dos genes de ADN que se encontram no núcleo das nossas células é possível reconhecer a nossa identidade de uma maneira que ninguém o possa negar, pois o nosso ADN é único, ajudando ainda verificar a veracidade dos nossos pais, com o teste de paternidade. Outro assunto em que a genética influência é na alimentação pois através da engenharia genética é agora possível produzir alimentos mais baratos, mais energéticos e s muito mais resistentes a pragas e à seca, sem causar poluição no ambiente nem gastar muita água. Igual interferência genética dá-se na longevidade celular, onde resta ainda continuar os estudos de forma a descobrir como se impede o envelhecimento das células e como se reparam os estragos naturais das células velhas, estudos elaborados na mosca da fruta e numa espécie de lombrigas já identificaram certos genes responsáveis pelo prolongamento da longevidade das células. No ambiente o ADN é uma importante ferramenta para se conseguir salvar espécies de animais e de plantas em perigo de extinção e mesmo para se trazerem de volta algumas que tenham desaparecido recentemente. O ADN traz a possibilidade de se criarem novas bactérias geneticamente modificadas que sejam capazes de limpar o ambiente de toxinas nocivas, pois decompõem resíduos orgânicos (nocivos para o ambiente) e transformam-nos em água e dióxido de carbono.

Contudo, posso dizer que foi uma grande descoberta de certeza que ao longo dos anos muitas mais experiências serão elaboradas, e com bons resultados, para ajudar o avanço da ciência, ajudando que a nossa qualidade de vida possa evoluir muito mais..... e para melhor, espero!!!



Isabel Francisco T.T.05/08
21/08/08

terça-feira, 5 de agosto de 2008

O TERRÍVEL SILÊNCIO DE ALCAFACHE


O Inferno em 11 de Setembro de 1985

Por Carlos Cipriano

Foi o pior acidente ferroviário de sempre em Portugal. Dois comboios chocaram de frente na Beira Alta, numa linha cuja segurança dependia totalmente de meios humanos. Há 20 anos, sem telemóveis nem rádio nas locomotivas, mesmo depois de detectado o erro só se podia esperar. Junto a Alcafache, uma coluna de fumo ergueu-se no ar. Morreram dezenas de pessoas.

"Nós sabíamos que se um comboio tinha saído de um lado e o outro do outro, alguma coisa teria de acontecer. A gente nem tinha voz para falar..." António (nome fictício) era carregador e estava na gare de Nelas a distribuir volumes com um colega naquele dia 11 de Setembro de 1985, que marcou a negro a história do caminho-de-ferro em Portugal.

António viu chegar o comboio Internacional para Vilar Formoso e o chefe da estação dar-lhe a partida, lá muito à frente, porque a composição era comprida e a locomotiva ficava já quase fora da estação. Aparentemente estava tudo normal e a passagem do 315 era pura rotina. O cruzamento com o Regional 10320, que vinha em sentido contrário, efectuava-se em Mangualde.

Só que o Internacional vinha atrasado e deveria ter esperado em Nelas pelo outro comboio que, entretanto, já saíra de Alcafache. António só soube disto quando viu o chefe de estação, pálido, sair do gabinete e dizer: "Já vem aí o outro comboio.

"Acontecera um erro terrível. O pior e o mais grave que um ferroviário pode cometer: enviar um comboio ao encontro de outro numa linha de via única.

O chefe de Nelas só se apercebeu do mal feito quando "deu as horas" a Alcafache. "Dar horas" significa comunicar ao colega da estação colateral a hora exacta em que o comboio partiu da sua estação para que ele o aguarde. Mas isso tem de ser antecedido de um pedido de avanço que permita enviar a composição em segurança, com a garantia de que o cantão (espaço entre as duas estações) está livre.

Há 20 anos, na Beira Alta, era assim que se processava a circulação ferroviária. Num regime de cantonamento telefónico a segurança dos comboios assenta integralmente em meios humanos.

Entre Nelas e Alcafache houve uma violação grosseira dos procedimentos e o resultado foi uma catástrofe.

O silêncio à esperado inevitávelAntónio recorda o silêncio do fim de tarde e os homens parados na gare à espera do inevitável. O chefe de estação, quando soube que os comboios estavam em rota de colisão, ainda tentou avisar a única guarda de passagem de nível que existia entre as duas estações para mandar parar o Internacional. Nessa situação, a mulher que guarda as cancelas ergue a bandeira vermelha ao comboio e, se tiver tempo, coloca petardos na via férrea para avisar o maquinista de que deve parar. Era a última esperança para evitar a tragédia, mas quando Nelas lhe telefona, o comboio já ali tinha passado. Naquele tempo, recorde-se, não havia telemóveis.

"Não ouvimos nenhum estrondo. Mas passado um bocado vimos fumo para os lados de Alcafache. Depois passou por cá um carro que nos disse que os comboios tinham batido. E depois ouvimos ambulâncias." Nessa noite, António nessa noite.

O acidente ocorreu perto de Alcafache. "Com tanto azar que existe uma recta à saída da estação e eles chocaram logo na primeira curva", diz José, ferroviário reformado que trabalhou na estação de Nelas.

No momento da colisão os dois comboios seguiam a 90 km/h e o incêndio foi inevitável, tendo em conta o combustível das duas locomotivas e o que existia no sistema de aquecimento das carruagens.

O chefe de Nelas e o factor que estava em Alcafache foram responsabilizados pelo acidente. O primeiro reformou-se ainda antes de qualquer sentença judicial e o segundo foi despedido e mais tarde readmitido na empresa. Nenhum quis falar daquela experiência traumática.

A modernização da linha da Beira Alta, no início dos anos noventa, dotou-a de modernos sistemas de segurança e controlo da circulação ao nível do que há de melhor na Europa. Hoje não há ali avanços por telefone nem chefes a apitar aos comboios. Aliás, a maioria das estações nem sequer tem pessoal porque tudo é comandado a partir de Coimbra por via informática e os maquinistas limitam-se a seguir os sinais.

As locomotivas e automotoras têm todas o Convel (Controlo de Velocidade) que obriga o maquinista a respeitar as velocidades impostas e o avisa dos próximos sinais, fazendo mesmo parar o comboio se estes não respeitarem um amarelo ou um vermelho. E têm rádio-solo, que permite à tripulação comunicar por telefone com o posto de comando e com as estações.

Um acidente como o de Alcafache seria, pois, hoje, tecnicamente impossível. Ironicamente, após estes investimentos, a linha da Beira Alta transporta hoje menos passageiros e tem menos comboios do que há vinte anos.

Achei pertinente colocar este texto no blog, para que as pessoas que tal como eu vivem na região Oeste, saibam o perigo com que coabitam diariamente, pois a linha do Oeste continua a ser explorada em regime de cantonamento telefónico, em via única, tal como era a linha da Beira Alta à 23 anos atrás.

O transporte ferroviário apresenta enumeras vantagens em relação ao transporte rodoviário como por exemplo:
  • A grande capacidade de carga de mercadorias e de passageiros;
  • Um baixo consumo de energia/combustível por carga/passageiro transportado;
  • Um baixo consumo de espaço para implantação da via quando comparado com a rodovia;
  • Uma baixíssima sinistralidade;`
  • É ainda amigo do ambiente pois polui pouco.

No entanto e apesar de todas estas vantagens, o Estado Português tem deixado a linha do Oeste no esquecimento, sendo que hoje em dia, viajar na linha do Oeste é quase como embarcar numa viagem ao passado.

Pedro Souto TT04/08

domingo, 3 de agosto de 2008

DIREITOS HUMANOS

São Tomé e Príncipe: Grupo turístico acusado de violar direitos humanos
São Tomé, 29/07 - Especialistas da Associação Internacional de Investigadores em Educação Ambiental constataram segunda-feira que o grupo empresarial que explora o ilhéu das Rolas, instância turística localizada a sul de São Tomé, tem desrespeitado "de forma grosseira" os mais elementares direitos dos naturais daquela parcela do território são-tomense.As críticas foram feitas após uma visita à estância Equador Pestana, gerida pelo Grupo português "Pestana" por alguns participantes do seminário Internacional sobre "Educação, Ambiente, Turismo e Desenvolvimento Comunitário", que decorreu na capital são-tomense entre 25 e 28 de Julho."Surpreendeu-nos ouvir o relato de mulheres que têm que pegar num barco para ir lavar roupa noutro lugar porque não podem lavar na ilha. A comunidade tem o direito de ser inserida, ser valorizada, estimulada a vender artesanato, a agregar valores, porque o turista que vem para África quer ver como vivem os Africanos", afirmou a gestora ambiental brasileira Marcela Sobral."A comunidade está a sofrer uma pressão para sair, estão a ser condicionadas determinadas situações de qualidade de vida, como corte de electricidade, corte da água, como a impossibilidade de se deslocarem para as escolas, porque esse transporte é feito de forma irregular pelo que as crianças não voltam à ilha porque não têm transporte de volta", afirmou a engenheira ambiental Mariana Cruz, outra participante no seminário.O grupo português nega as acusações, pois garante ter construído casas no ilhéu das Rolas para os habitantes quando começou a desenvolver o empreendimento turístico e garante ter apoiado os habitantes do ilhéu que pretendiam sair, nomeadamente, para Porto Alegre, a cidade mais próxima, e apenas acessível de barco, mas que possui posto médico, escola, ensino e empregos.Desde 2004, "o grupo Pestana assegura o alojamento e alimentação aos colaboradores do hotel que habitam no ilhéu, tendo, até ao momento, realizado inúmeras acções de formação profissional", salientou a administração, realçando que, além de existirem colaboradores residentes no ilhéu, outros optaram por morar em Porto Alegre e continuam a trabalhar na unidade turística.As acusações que ecoaram desta vez pela voz de estrangeiros não é nova. Em finais do ano passado, o grupo português equacionava cancelar o contrato de gestão do empreendimento turístico devido a uma "campanha de desinformação na comunicação social" de que disse ser alvo e da "miserável" ocupação desta unidade entre 2006 e 2007.Diante destas alegações, o Governo do primeiro-ministro Joaquim Rafael Branco, que diz "não ter informações sobre o caso", prometeu investigar para apurar a veracidade das acusações dos naturais do ilhéu das Rolas.Confrontado segunda-feira com a questão, Branco disse que "os órgãos competentes do Governo irão tomar conta da ocorrência e, no momento oportuno, daremos a nossa posição"."Que fique claro que queremos desenvolver o turismo em São Tomé e Príncipe, temos muita esperança que o turismo contribua para aliviar a pobreza dos nossos cidadãos, iremos encorajar operadores a virem investir no turismo e, naturalmente, queremos que isso se faça no quadro do respeito pelas leis do nosso país e pelas normas do Direito internacional", garantiu.

TT-05/08-José Teles Silva

O QUE É GLOBALIZAÇÃO

Antes de entender como os países se adaptaram ao processo de globalização, faz-se necessário definir globalização. Não há consenso sobre um conceito fechado do que seja a globalização e sua origem. Pode-se analisar os fatos que colaboraram para os seu desenvolvimento e discutir conceitos defendidos por alguns autores. Há uma grande discussão que defende que a globalização teve seu início e começou a desenvolver-se de fato, com a empreitada europeia em direcção aos outros continentes. Outros defendem que começou ainda antes com a expansão do império romano por Alexandre, o Grande. O Autor Thomas L. Friedman no livro Os Lexos da Oliveira, denomina a globalização como uma vertente da fragmentação da política, que teve seu auge a partir do ano de 1945, com o final da Segunda Guerra Mundial, até 1989, com a queda do muro de Berlim, o que simbolizou o insucesso do Socialismo. O processo de finalização da política bipolar ocorreu em função do final da Segunda Guerra Mundial, que teve seu desenvolvimento baseado em argumentos ideológicos onde havia apenas “um inimigo” a quem se opor. Dessa maneira, a política externa mundial era baseada em princípios e disputas estabelecidas pelos países líderes dos divergentes sistemas económicos vigentes naquele momento. A popularização do termo globalização ocorreu em meados de 1980, e rapidamente passou a ser associado aos aspectos financeiros inerentes a esse processo. Dessa forma, o processo de globalização passou a ser considerado como uma constante no mundo moderno. Há que ressaltar que esse fenómeno não se restringe apenas às transações comerciais e termos económicos, mesmo sendo esses aspectos os principais focos do processo de globalização. Porém, é fato que, além das relações económicas, esse processo envolve as demais áreas que integram as sociedades, como os âmbitos cultural, social e político. A globalização é um fenómeno amplamente debatido, porém a compreensão das entradas que esse processo oferece às sociedades não pode ser definida, interpretada ou compreendida sem uma profunda reflexão, uma vez que, de acordo com David Held e Antony McGrew: “Não existe uma definição única e universalmente aceita para a globalização. Como acontece com todos os conceitos nucleares das ciências, seu sentido exacto é contestável. A globalização tem sido (quando os altos dos agentes sociais de um lugar podem ter consequências significativas para “terceiros distantes”; como compreensão espaço temporal (numa referencia ao modo como a comunicação instantânea vem desgastando as limitações da distância e do tempo na organização e na interacção social); como interdependência acelerada entendida como a intensificação do entrelaçamento entre economias e sociedades nacionais, de tal modo que os acontecimentos de um país têm impacto directo em outros; como um mundo em processo de encolhimento (erosão das fronteiras e das barreiras geográficas a actividade sócio económica); e, entre outros conceitos, como integração global, reordenação das relações de poder inter-regionais, consciência da situação global e intensificação da interligação inter-regional.”* A globalização caracteriza-se por um processo de integração global que induz ao crescimento da interdependência entre as nações, objectivando um claro entendimento quanto aos princípios desse processo, concordando com a perspectiva de David Held e Anthony McGrew, para uma clara compreensão o seguinte conceito de globalização será adoptado: “É o conjunto de transformações na ordem política e económica mundial que vem acontecendo nas últimas décadas. O ponto de mudanças é a integração dos mercados numa “aldeia-global”, explorada pelas grandes corporações internacionais. Os Estados abandonam gradativamente as barreiras tarifárias para proteger sua produção da concorrência dos produtos estrangeiros e abrem-se ao comércio e ao capital internacional.Esse processo tem sido acompanhado de umaintensa revolução nas tecnologias de informação — telefones, computadores e televisão. As fontes de informação também se uniformizam devido ao alcance mundial e à crescente popularização dos canais de televisão por assinatura e da lnternet. Isso faz com que os desdobramentos da globalização ultrapassem os limites da economia e comecem a provocar uma certa homogeneização cultural entre os países.” * Uma das nítidas consequências do processo de globalização foi o impulso dado a uma transformação nos padrões de interligação mundial, dessa maneira: “O conceito de globalização denota muito mais do que a ampliação de relações e actividades sociais atravessando regiões e fronteiras. E que ele sugere uma magnitude ou intensidade crescente de fluxos globais, de tal monta que Estados e sociedades ficam cada vez mais enredados em sistemas mundiais e redes de interacção. Em consequência disso, ocorrências e fenómenos distantes podem passar a ter sérios impactos internos, enquanto os acontecimentos locais podem gerar repercussões globais de peso. Em outras palavras, a globalização representa uma mudança significativa no alcance espacial da acção e da organização social, que passa para uma escala inter-regional ou intercontinental.”* Esse fenómeno proporciona maior visibilidade à política interna dos países em um cenário global, com maior velocidade na interacção social, passando os acontecimentos a ter um impacto não apenas local, mas mundial em um efeito imediato. De acordo com Nestor Garcia Canclini “a globalização denota a escala crescente, a magnitude progressiva, a aceleração e o aprofundamento do impacto dos fluxos e padrões inter-regionais de interacção social.” *A partir disso, todas as esferas da sociedade passam a sofrer influencias oriundas desse processo, integrando aspectos que não possuía na sua génese.


TT-05/08- José Teles Silva

Direito e a Humanidade

Analisando a sociedade actual, podemos fazer uma questão: o Direito apareceu para regular a vida em sociedade, adaptando-se conforme a evolução social, conforme suas necessidades, conforme o dinamismo da população, ou surgiu a Humanidade para servir ao Direito? Evidentemente que responderemos ser a primeira questão a verdadeira. No entanto, vamos observar; quantas não são as leis anacrónicas, ultrapassadas, mas que alguns insistem em defender sua aplicabilidade, mesmo sabendo que o dinamismo social já as superou. Quantas não são as leis que poderiam ser actualizadas, ou mesmo ter mudado a sua interpretação, mas ainda sim alguns insistem em aplicá-las conforme o entendimento de um outro momento histórico, onde a sociedade requeria outra interpretação legal, vivia uma outra realidade. Existem pessoas que se prendem ao formalismo legal. A lei é fria, colocada num papel e deve ser observada independentemente de qualquer fato novo na sociedade. Ela é perfeita e não cabe a ninguém questioná-la. A lei foi feita para ser seguida... Argumentos e mais argumentos de pessoas que se ligam ao formalismo da lei, sem observar os novos anseios sociais, sem observar uma nova realidade. E podemos observar isso constantemente! Parece até que essas pessoas se esqueceram que a interpretação da lei requer essa análise, qual seja do período histórico de seu surgimento. Ora, a lei precisa ser adaptada. Se não for revogada expressamente, ainda sim pode cair em desuso, representando a própria adaptação da sociedade, que rejeita a aplicação de uma lei outrora importante para um momento histórico, mas que não tem mais razão de ser aplicada devido à dinâmica social. Senão for assim, podemos abandonar a argumentação na esfera judiciária, pois a lei em si própria seria perfeita, não cabendo o debate entre as partes, nem o estudo de seus significados. A lei seria em si própria única, perfeita, imutável, não havendo mais espaço para a dialéctica. Os fatos sociais são o meio, a oportunidade de se adaptar a lei a uma realidade nova. A lei é feita por seres humanos e por isso ela é falível, ligada a sua realidade temporal e social. A sociedade e os legisladores não devem fechar os olhos para essa dinâmica social e devem com isso adaptar suas normas a essa realidade. Torna-se cómodo se prender a argumentos legais sem se observar a realidade social. Quantos não serão os ganhos sociais e pessoais se houver essa adaptação? Não podemos, pois, retroceder para se manter a lei, pois a sociedade deve servir à lei. Mas, evidentemente, talvez esteja na sociedade actual estampada essa realidade, a realidade de que devemos servir cegamente às leis. Talvez seja por isso que vivemos num mundo onde existe tanta desigualdade, pois a lei fria diz algo que não pode ser questionado. Quem sabe um dia todos possamos entender que a lei foi feita para servir à Humanidade e que ela passe a reger a sociedade de forma coerente com os anseios daquele dado período, da sua realidade.


TT – 05/08 – José Silva

Comissão Europeia apresenta perspectiva sobre melhoria do ambiente nas cidades e vilas

A Comissão Europeia definiu a sua posição em relação ao apoio a dar às cidades da Europa para melhorarem o seu ambiente, tornando-se espaços mais saudáveis e agradáveis para viver. Neste âmbito, será desenvolvido um quadro de referência integrado para a resolução dos diferentes e complexos problemas que afectam o ambiente urbano. Os elementos-chave podem passar pela elaboração e implementação de planos de gestão ambiental urbana e planos de transportes urbanos sustentáveis para as 500 maiores cidades da União Europeia (aquelas com mais de 100 mil habitantes). A estratégia definida deverá permitir aos Estados-membros e às autoridades locais satisfazer exigências ambientais, como por exemplo as da qualidade do ar. Poderá, igualmente, contribuir para reduzir os impactes negativos das cidades sobre o ambiente, nomeadamente na diminuição das emissões dos gases com efeito de estufa. «Oitenta por cento dos cidadãos da União Europeia vivem em cidades e vilas, daí a importância de melhorar a qualidade de vida urbana», declarou a Comissária Europeia para o Ambiente Margot Wallström. «A poluição, o ruído, a intensa circulação automóvel e muitos outros problemas ambientais concentram-se nas cidades. A definição de alvos e objectivos ambientais é vital para assegurar um ambiente saudável nas cidades. Para tal, necessitamos de uma estratégia coerente e coordenada. Estou à espera de discutir este assunto com os estados membros e cidades por forma a assegurar que a nossa ajuda lhes proporcione uma mudança real», vincou.

Curiosidades sobre o Ambiente
Sabia que se colocar, durante um ano, dois jornais por semana no ecoponto mais próximo está a evitar o abate de uma árvore? Ou que um total de 47 garrafas de plástico colocadas no ecoponto produz fibra suficiente para fazer o enchimento de um saco cama? Já a reciclagem de um pack de latas por semana permite, ao fim de um ano, a poupança de 50 kg de minério. Números que nos devem fazer pensar, antes de desfazermo-nos dos objectos ou substâncias que já não consideramos úteis...





AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE
Aquilo a que vulgarmente chamamos de lixo, são muitas das vezes recursos preciosos para a nossa sobrevivência, num planeta onde as condições higiénicas, de saúde e de riqueza se determinam à velocidade da luz. Esta consciencialização ecológica tem vindo a ganhar pontos no nosso país e, hoje, é matéria de sala de aula desde o ensino pré-primário ao secundário, tema de campanhas publicitárias e informativas e motivo de reflexão em seminários e palestras. Falamos obviamente da Deposição Selectiva, o que significa separar os resíduos de forma a que estes possam ser reciclados, colocando-os em recipientes ou em locais apropriados para os receber. Neste momento, coloca-se a questão – o que pode ser reciclado? Na verdade, quase tudo, em matéria de embalagens, pode ser reciclado - o plástico, o metal, o papel/cartão, o vidro e até mesmo a madeira.
Em casaQuando a embalagem de sumo ou dos cereais fica vazia o seu destino deve ser o Ecoponto. Mas antes existe todo um conjunto de princípios que os ecologistas domésticos devem executar para que a reciclagem seja mais eficiente: 1º Escorra e despeje todo o conteúdo das embalagens, pois não só evita escorrências que sujam os contentores, mas também facilita o trabalho dos operadores que efectuam a separação do conteúdo na Estação de Triagem; 2º Retire as rolhas e tampas sempre que estas sejam feitas de materiais diferentes da embalagem; 3ª Passe por água as embalagens que possam originar maus cheiros; 4º Espalme as embalagens sempre que possível: caixas de cartão, garrafas de plástico, pacotes de leite ou sumo e latas. O facto de achatar as embalagens permite ocupar menos espaço em casa e no contentor, para além de reduzir os custos e a poluição provocada pelo transporte e armazenamento desses materiais. Um dos principais entraves que as famílias colocam à Deposição Selectiva relaciona-se com a falta de espaço em casa para condicionar as embalagens. Actualmente, o mercado já disponibiliza os denominados eco-pontos domésticos, que mais não são do que caixotes com três divisórias, os quais permitem fazer a separação à medida que as embalagens vão ficando vazias. Outra hipótese, mais económica e também bastante usual, passa por juntar todas as embalagens vazias num só saco e fazer a separação à boca do Ecoponto.
Separar por coresOs Ecopontos são constituídos por três contentores individuais destinados a receber separadamente diversos materiais. Subterrâneos ou de superfície, a separação é feita por cores: plásticos e metais para o contentor amarelo, papel/cartão para o azul e vidro para o verde. As embalagens de madeira, por se tratarem de embalagens menos frequentes, apenas podem ser depositadas nos ecocentros. Quando levar os resíduos ao Ecoponto, ponha os objectos um a um no respectivo contentor, por exemplo, não introduza no contentor amarelo sacos fechados que contenham latas e garrafas de plástico. A separação objecto a objecto facilita as tarefas que se efectuam de seguida na Estação de Triagem.
PLÁSTICO Depositar:Garrafas, garrafões e frascos de água, sumos e refrigerantes, vinagre, detergentes e produtos de higiene e óleos alimentares;Sacos de plástico;Esferovite;Pacotes de leite e bebidas (ECAL)*;Iogurtes.* Embalagens de cartão para alimentos líquidos
Não depositar: Embalagens de produtos tóxicos ou perigosos, por ex.: combustíveis e óleo de motor.
METAL Depositar: Latas de bebidas; Latas de conserva; Tabuleiros de alumínio; Aerossóis vazios; Metalizados. Não depositar: Electrodomésticos; Pilhas e baterias; Objectos que não sejam embalagens (por ex.: tachos e panelas, talheres, ferramentas, etc.).
Depositar: Embalagens de cartão, por ex.: caixas de cereais; bolachas, etc.; Sacos de papel; Papel de embrulho; Jornais e revistas; Papel de escrita.
Não depositar: Embalagens de cartão com gordura, por ex.: pacotes de batatas fritas, caixas de pizza; Sacos de cimento; Embalagens de produtos químicos; Papel de alumínio; Papel autocolante; Papel de cozinha, guardanapos e lenços de papel sujos; Toalhetes e fraldas.
Depositar: Garrafas; Garrafões; Frascos; Boiões.
Não depositar: Loiças e cerâmicas (pratos, copos, chávenas, jarras, etc.); Materiais de construção civil; Janelas, vidraças, espelhos, etc.; Lâmpadas.


TT-05/08-José Teles Silva

sábado, 2 de agosto de 2008

Informações
sobre a nossa terra



Resíduo na localidade de Almargem, pertencente à Freguesia de Santo Quintino, no concelho de Sobral de Monte Agraço, há trinta e oito anos e sempre gostei de viver neste concelho.
A nível de desenvolvimento do meu concelho, durante estes anos todos, aquilo que foi feito foram obras importantes, mas nem sempre isso acontece. Contudo, nestes últimos anos, a nossa autarquia tem concretizado vários projectos.
Começando pela Galeria Municipal. Aqui realiza-se, muitas vezes no ano, exposições de escultura e pintura. Eu gostei imenso ter visitado a exposição de pintura que tinha o nome de “Inspirações” foi fantástica, os quadros transmitiam cores vivas com muita harmonia e luz.
Na área do desporto, foi feita a Piscina Municipal. Aqui praticam-se várias modalidades e também se tem apostado na área da competição. Para além disso, a Câmara Municipal tem proporcionado aos alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico a prática da natação, garantido ainda o transporte até às piscinas. É a autarquia que suporta todas estas despesas.
Como gosto muito de MotoCross, todos os anos assisto ao Campeonato Nacional de MX1 e MX2, que se realiza no domingo de Páscoa, na localidade de Casais de Santo Quintino.
Há vários anos que se realiza o passeio pedestre. Este ano teve a participação de 400 pessoas (incluindo eu), que percorreram 12Km. Neste evento tivemos o apoio total da Junta de Freguesia.
A Câmara Municipal mais uma vez está envolvida, numa nova infra-estrutura, que será o arrelvamento sintético do Campo Municipal de Jogos, que trará melhores condições para a prática desportiva, sobretudo para os mais jovens. Este projecto tem um valor muito elevado. Vamos esperar para ver o seu desenvolvimento.
A meu ver um dos espaços mais vantajosos é a biblioteca, em qualquer uma das suas secções. Aqui, adultos e crianças podem consultar livros, jornais, DVD, CD, internet, etc., como também fazer a sua requisição domiciliária. Têm sessões de poesia e teatro para as escolas do concelho, como actividades de promoção da leitura. Aqui se inclui actividades como: a feira do livro, encontros com escritores, …
Ao nível da educação, que eu tenha conhecimento, a Câmara concedeu bolsas de estudo. Estabeleceu, ainda, protocolos para estagiários, concursos de pintura e comemorou o dia da criança em grande.
No jardim-de-infância de Almargem houve obras para as crianças terem as refeições diárias no próprio Jardim, tal como está previsto na legislação.
No que diz respeito às actividades extra-curriculares, é o Município que assegura as aulas de Natação, Ciência viva e Música, e a contratação dos respectivos professores. Na minha opinião, no primeiro ano, houve alguns problemas com a adaptação a certas regras, mas este ano que terminou foi óptimo.
Foi através do livro de informação municipal que nos chegou a notícia de que se realizou, em Março, a 9ª Reunião Plenária da Comissão Mista de coordenação do plano de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo (PROT-OVT).
A ordem de trabalhos era sobre as linhas estratégicas de desenvolvimento, de organização e de gestão do Território das sub-regiões do Oeste, os seus investimos a realizar e elaboração dos planos especiais e municipais de ordenamento do território do plano Regional de Ordenamento do Território que se irá definir para a região Oeste e Vale do Tejo,
As obras executadas pela Município são várias: beneficiação de várias estradas nacionais como a 248 e 248-2; estrada municipal de Cabêda que levou um novo pavimento, houve um reforço de abastecimento de água para certas localidades por uma nova conduta; iluminação pública junto ao parque de estacionamento da escola básica integrada 1,2 e na zona do casal Miranda; obra de recuperação do moinho de vento do Sobral. Penso que foi um bom investimento que o município fez. É um património para ser preservado e visitado e mostrar a importância que os moinhos tiveram no passado a nível económico, social e cultural.
Desde de 2004, que o Município aprovou o regulamento de resíduos sólidos urbanos, com a finalidade de proteger o meio ambiente, dar qualidade de vida às populações. O aterro sanitário encontra-se concluído e a funcionar já algum tempo, a Câmara investiu numa viatura nova que suporta 19 toneladas de resíduos, para melhorar a prestação dos serviços.
O município assinou um protocolo com uma empresa, para o abate de veículo em fim de vida, abandonados pelos seus proprietários, no Concelho e suas Freguesias, assim o seu tratamento e reciclagem respeitam todas as normas legais
Na questão da saúde, as freguesias do concelho empenharam-se junto das populações locais, na recolha de assinaturas para entregar na Assembleia da República. Esta recolha teve a participação de 5.600 utentes e foi entregue, no dia 13 de Março de 2008, pela comissão de utentes e pelos autarcas das freguesias. Espero que a resposta seja positiva, entretanto o posto de saúde de Sapataria já reabriu nas novas instalações.
Como cidadã e utente deste concelho, a minha opinião; a Câmara tem feito muitas melhorias no concelho, tenta se informar entre as populações para saber as suas necessidades, já sabemos que não pode agradar a todos. Tal como diz o ditado popular: “Não podemos agradar a gregos e a troianos”. Temos pena!

Isabel Francisco T.T.05/08
25/07/2008

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Sessão de Descodificação do Referencial - CP/STC

Para aceder ao PowerPoint relativo à sessão de descodificação do Referencial de Competências-Chave (área de Cidadania e Profissionalidade) clique no link:

http://www.slideshare.net/pmpfelix/sesso-de-cp

Sessão de Descodificação do Referencial - STC/CLC

Para aceder ao PowerPoint relativo à sessão de descodificação do Referencial de Competências-Chave (áreas de Sociedade, Tecnologia e Ciência e de Cultura, Língua e Comunicação) clique no link:

quarta-feira, 30 de julho de 2008

“Uma Verdade Inconveniente”


« Uma Verdade Inconveniente »
Al Gore

As suas palavras aplicam-se especialmente à crise climática.
Há tantas pessoas na terra (somos cerca 6,5 mil milhões) e as novas tecnologias tornaram-se tão potentes, que somos capazes de infligir danos graves ao ambiente. Existem provas puras e duras, nomeadamente:
- O aumento dos gases indutores do efeito de estufa está a provocar o degelo dos glaciares. Quase todos os glaciares de montanha estão agora a derreter e muitos deles rapidamente;
- Os glaciares dos Himalaias, situados no planalto tibetano, contam-se entre os mais afectados pelo aquecimento global. Os Himalaias contêm cem vezes mais gelo do que os Alpes e fornecem mais de metade da água potável a 40 por cento da população mundial, através das bacias de sete rios asiáticos que nascem no mesmo planalto. Se estes glaciares desaparecerem, 2.6 milhões de pessoas enfrentarão uma grave carência de água;
- Já começamos a viver as vagas de calor que, cada vez mais, são frequentes. Se o aquecimento não for travado a situação irá piorar a “olhos vistos”. No Verão de 2003, uma vaga de calor provocou a morte de 35.000 pessoas na Europa;
- As temperaturas elevadas secam o solo, que precisa da humidade para o crescimento das culturas. A secura do solo e da folhagem fazem com que haja mais possibilidade de incêndios, que se estão a tornar cada vez mais comuns;
- No ano de 2004, as tempestades foram muito violentas: houve muitos tornados nos Estados Unidos, tendo ultrapassado o seu recorde. O Japão foi outro país muito fatigado por tufões;
Em 2005, na China, houve inundações numa zona enquanto que noutra se vivia um período de seca. Isto é um dos resultados do aquecimento global, que desloca as chuvas;
- Se a Antárctica continuar a derreter e a levar a água para o mar, o nível da água dos oceanos de todo o mundo irá subir entre 5 a 6 metros, isto quer dizer que há muitos países ou zonas que vão ficar submersos como, por exemplo, a Florida, Miami, a Holanda e o Bangladesh;
- Se continuarmos a esta velocidade, no que diz respeito ao aquecimento global, irá aumentar também as doenças. Com as altas temperaturas, os mosquitos propagam muitas doenças, como a malária e a febre-amarela, que estão a surgir em locais onde nunca tinham sido avistados;
- Muitas espécies de todo o mundo estão agora ameaçadas de extinção. O urso polar, o papa-moscas, entre outras. Esta situação deve-se a que, em alguns locais, a duração dos dias e a temperatura estão a ficar alteradas. Ou seja, os dias podem ser curtos, como sempre no Inverno, mas a temperatura torna-se elevada e faz lembrar a Primavera, alterando o seu habitat.
- O aumento populacional é outro problema. Neste momento não estamos a conseguir produzir o suficiente para o consumo mundial, temos o exemplo dos cereais, do quais, em várias zonas do globo existe carência.
Existem um outro problema, para mim é um dos problemas mais graves, mas os governantes mundiais não estão muito preocupados. Estão a destruir a passos largos o coração do mundo que é a floresta tropical da Amazónia. As árvores que ali estavam para absorver o dióxido de carbono estão a ser derrubadas e a desaparecer para sempre. Os governantes esquecem-se é que O QUE ACONTECE EM TERMOS LOCAIS TEM CONSEQUÊNCIAS MUNDIAIS.

Penso que, nos dias de hoje, estão cada vez mais a desenvolver novas tecnologias que podem ajudar a combater o aquecimento global:
- Painéis solares;
- Centrais geotérmicas;
- Lâmpadas fluorescentes;
- Telhados verdes;
- Automóveis alimentados sem ser a combustível;
- entre outros.
Contudo, o problema do aquecimento global é muito difícil de resolver. Exige muito mais de nós. Implica que alteremos a nossa forma de viver:
- Andar o menos possível de automóvel;
- Racionar a água e electricidade.
Vou-lhes dar um exemplo daquilo que faço em casa: quando estou a tirar água quente do esquentador, primeiro vem a água fria e essa eu aproveito para regar as minhas flores e não só. Em casa todos temos a preocupação de separar o lixo.
Estou um pouco preocupada com as gerações futuras. Que mundo vão encontrar?


Isabel Francisco T.T.05/08
“O Cancro “


O cancro da mama desenvolve-se de forma descontrolada, acabando por dar origem a um tumor ou nódulo. Normalmente, as células crescem e dividem-se para darem origem a novas células só quando o corpo precisa delas. Este processo organizado ajuda a conservar o corpo saudável.
Por vezes, as células continuam a dividir-se mesmo sem haver necessidade disso. As células da glândula mamária que se “multiplicam” de forma descontrolada formam tecidos que se chamam tumores. Estes podem ser benignos ou malignos.
Todos os tratamentos seguem um protocolo. A duas pessoas que têm o mesmo tipo de cancro, é aplicado o mesmo tratamento, e podem ter resultados diferentes. Isto acontece porque as pessoas podem reagir de modo diferente aos tratamentos. Existem vários tipos de tratamento: a radioterapia, a quimioterapia, a terapêutica hormonal e a imunoterapia.
Dependendo do tipo de cancro, há pessoas que fazem tratamentos antes e outras depois de serem operadas.
A cirurgia é a extracção do tumor, que pode levar a tirar a mama toda ou parcialmente. Os efeitos secundários são de dor após a cirurgia, cansaço e outros.
A radioterapia é o uso de radiações para matar as células cancerosas. Os efeitos secundários são o cansaço, a vermelhidão e irritação na pele.
A quimioterapia é o uso de medicamentos, comprimidos ou injecções, para destruir as células cancerosas, que são alternados em varias sessões. Os efeitos secundários são: a falta de apetite, enjoos, diarreias, perda de cabelo, cansaço, feridas na boca ou lábios, dormência, ardor nas mãos e pés e outros sintomas.
Do pouco que está escrito aqui, neste pequeno texto, eu vi a minha mãe passar por tudo isto e muito mais.
Quando estava na fase da quimioterapia, sofreu muito. Teve sintomas horrorosos.
A família também sofreu muito. Fui eu que acompanhei durante todo o percurso da doença. Tive de deixar de trabalhar para estar com ela a cem por cento: acompanhava as sessões de quimioterapia, análises, horas infinitas nas urgências (no IPO de Lisboa deixam o acompanhante estar ao pé do doente) e também durante os muitos internamentos a que esteve sujeita.
Passado um ano, melhorou muito e começou a ir às consultas de três em três meses.
A boa notícia só durou durante seis meses: quando foi tirar análises de rotina, os valores não estavam bem, a partir desse momento, foi-lhe diagnosticado algumas células cancerosas, que se tinham alojado no fígado. Nessa altura fui informada que, a nível de medicina, não havia nada a fazer.
O que mais me marcou foi o seu último mês de vida: estes doentes quando estão na fase terminal não têm dignidade.
Posso dizer que toda a equipa médica foi fantástica, mas o doutora da quimioterapia foi para mim uma pessoa espectacular, tanto como profissional como ser humano.
No caso da minha mãe, infelizmente, depois de tudo aquilo que passou, faleceu, mas existem muitos doentes que conseguem “vencer” a doença, porque a medicina está cada vez mais avançada e estão, constantemente, a descobrir novos métodos para combater o cancro, por isso quem tiver cancro nunca desista de viver.


Isabel Francisco T.T.05/08

O cancro

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Convite

Fica aqui o convite a todos para uma breve passagem por Santa Cruz.
Pois vale a pena ver este concurso e votar no mesmo, não percam uma vez que nos dias difíceis que correm é um espectáculo de rua gratuito, como tantos outros que tem havido nesta bela aldeia.
"Static"-Concurso de Homens-Estátua de Santa Cruz
Entre 28 de Julho e 2 de Agosto, Santa Cruz será a capital das artes performativas com a realização da 2.ª edição do "Static".Este ano tem 20 trabalhos a concurso.
Helena Franco TT04/08

sábado, 26 de julho de 2008

A Linguagem e o Pensamento

Sendo o homem um ser social por excelência e que tem, por isso, a necessidade imperiosa de comunicar aos seus semelhantes o que sente e o que pensa, e de saber o que eles sentem e pensam também, para exprimir o que se passa na sua consciência e para saber o que se passa na dos outros, serve-se da linguagem, que mais não é do que um conjunto de sinais com que exteriorizamos os nossos estados de consciência e interpretarmos os dos outros. Para isso empregamos duas espécies de símbolos, uns naturais e outros convencionais. Os naturais traduzem imediatamente, isto é, sem qualquer aprendizagem, o facto a evocar. Assim o grito significa dor; o riso, alegria; o dedo no nariz, imposição de silêncio. Os convencionais evocam os factos que significam, por meio duma relação arbitrária e são um produto da civilização humana e implicam aprendizagem.

Como não há relação de semelhança entre o sinal e a coisa significada, o homem tem a liberdade de inventar esses sinais à vontade. Os símbolos da Álgebra, as notas musicais, as letras do alfabeto e até as próprias palavras são disso casos bem evidentes. Tais sinais não têm por si qualquer significado; o que lhes damos foi-lhes atribuído arbitrariamente.

Sendo as palavras o símbolo a que se atribui um significado, pois sem isso ela torna-se oca, vazia e inútil, ela só tem valor na medida em que se evoca o conteúdo mental que lhe corresponde. Por isso, linguagem e pensamento, acompanham-se e auxiliam-se mutuamente. O pensamento procura na linguagem a maneira de se exprimir e, por sua vez, a linguagem dá forma ao pensamento, fixa-o e consolida-o. No entanto aquele precede esta, porque, só depois de se criar uma ideia é que se inventa o termo que lhe há-de corresponder. Portanto é o pensamento que atribui significado às palavras, que as divide em categorias, que as relaciona e que regula a sintaxe. Por outro lado uma ideia sem o seu termo é como uma folha solta ao vento. Voa, desaparece. A palavra fixa a ideia, conserva-a, põe-na, por assim dizer, à nossa disposição, tornando-a um instrumento útil de que nos podemos servir sempre que queiramos.

Todavia, a linguagem embora exteriorize o pensamento, também o pode ocultar e deturpar com o fim de induzir os outros em erro, logo também tem os seus perigos.

As ideias concebidas pelo nosso espírito, claras, nítidas, encontram sempre os termos que as hão-de representar. No entanto, tal não acontece, muitas vezes, quando aceitamos ideias estranhas sem qualquer esforço de elaboração, isto é, sem irmos até ao ponto de partida e percorrermos o mesmo caminho que percorreram as pessoas que originariamente as conceberam. Aceitamos as ideias, já feitas, sem qualquer trabalho de análise. Ficámo-las conhecendo, por assim dizer, superficialmente, no seu aspecto exterior, sem penetrarmos na sua essência, no seu íntimo. A esta imprecisão das ideias corresponde a impressão dos termos que não saberemos empregar com rigor, com propriedade. Disso são um bom exemplo, muitos debates, seja no parlamento ou na comunicação social, em que assistimos a chorrilhos de asneiras e de incoerências no discurso produzido, saltando à vista que estão a ser utilizadas ideias produzidas por outros, que não dos seus intérpretes, chegando a meter dó as tristes figuras a que se sujeitam estes personagens. Além disso, em alguns programas dos nossos meios de comunicação social, são colocadas questões aos ouvintes, tão estúpidas e descabidas, como se estivéssemos num país de mentecaptos, que ainda vêm contribuir mais para aumentar a ignorância daqueles que sustentam as audiências, basta ouvir as suas respostas. No caso da comunicação social, ficamos com a ideia que estamos a navegar ao sabor da maré, sem pessoas habilitadas para conduzir este barco. São cenários, tão tristes e deprimentes, que faço o máximo de esforço para não pensar demasiado neste assunto, mas que, infelizmente, reflectem a situação do nosso país, pelo que não consigo alhear-me do mesmo.

Por outro lado, o ensino feito com abuso do livro contribui também para situações idênticas. A ciência já feita e já expressa em linguagem apropriada leva-nos à preguiça mental de aceitarmos, sem mais exame a doutrina do compêndio. É o ensino feito através da linguagem e dessa não passa. É um falso saber, porque todo o trabalho intelectual de comparar, generalizar, abstrair, induzir, deduzir, fica por fazer. O espírito armazena mas não elabora ou, segundo Montaigne, as cabeças ficam bem cheias mas não bem feitas.

“Pensar é o trabalho mais difícil que existe, e esta é provavelmente a razão por que tão poucos se dedicam a ele” Henry Ford

Grupo TT05/08 Delcio Vieira

sexta-feira, 25 de julho de 2008

A Empresa e as suas Vantagens competitivas

Muito se discute sobre as vantagens competitivas das empresas, todavia, poucos parecem ter ainda percebido que a principal base para gerar vantagens competitivas e a estratégia que vai aumentar as suas vendas com certeza, é o valor percebido pelo cliente.

Efectivamente, o que faz a maior diferença realmente não é o preço, nem a propaganda, nem o pós-venda, nem a simpatia dos vendedores; como muitos pensam, e sim o valor percebido pelo cliente.

Segundo alguns estudiosos de gestão, no futuro próximo vão existir apenas dois tipos de empresas, as mais barateiras, tipo “loja dos 300” ou “dos chineses” ou as que oferecem uma qualidade superior pela qual as pessoas estão dispostas a pagar um pouco mais. Todas as outras empresas que forem classificadas no meio-termo, ou seja, que não tem nem qualidade e nem oferecem o preço mais baixo, irão desaparecendo pouco a pouco, é o chamado Colapso do meio. Recentemente esta previsão foi confirmada por dois relatórios apresentados pela IBM Business Consulting Services (The Retail Divide: Leadership in a World of Extremes” e “Consumer Products 2010: Executing to Lead in a World of Extremes), onde prevêem a extinção dos retalhistas de médio porte, além de um profundo reposicionamento da indústria de produtos de consumo até 2010.

Este cenário, na realidade, já se está verificando, porém ainda existem muitas organizações por exemplo, para quem Albert Einstein diria: “Não há nada que seja maior evidência de insanidade do que fazer a mesma coisa dia após dia e esperar resultados diferentes”. Depois de muitos anos, as palavras deste pensador ainda nos conduzem a uma reflexão no mundo dos negócios. Veja-se o que aconteceu no Vale do Ave, e não só, e depois queixam-se que a culpa é, mais uma vez, do Estado.

Muitos empresários não conseguem, às vezes não querem, enxergar que precisam mudar a sua forma de trabalhar. A Gerência está vendo que estão perdendo mercado, que os funcionários estão insatisfeitos, que as contas começam a ser pagas com atraso, etc., mesmo assim não reconhecem que precisam de ajuda. O resultado disso é o encerramento de empresas que poderiam prosperar, se tão-somente procurassem uma orientação profissional.

Cuidado com estratégias baseadas em descontos e outros incentivos para alavancar as vendas. Se não forem criadas com critérios e sustentadas por um plano estratégico, podem provocar muitos problemas no futuro, até cair no buraco sem fundo das commodities[i](1). Hoje em dia, mesmo quando existe um plano estratégico, todo cuidado e atenção às variáveis da nova economia, ainda é pouco.

Quantas vezes uma empresa que vende muito bem e de repente as vendas começam a cair, pela entrada de um concorrente novo com os mesmos produtos a um preço menor, porém de qualidade também inferior, começa logo por diminuir o preço de venda e lançar uma campanha publicitária agressiva, verificando rapidamente que cometeu um erro. Porquê? Porque o problema não era o preço. As pessoas reconheciam a superioridade do produto e achavam o preço justo, faltava apenas uma divulgação mais ampla sobre as propriedades e qualidades do produto que logo estariam reconquistando o espaço perdido e ainda poderiam avançar mais, conquistando outras regiões próximas inclusive.

Aparentemente o preço é sempre o primeiro a ser considerado, porém, a experiência diz-me que não é somente isso. Existem outros factores que não são tão visíveis, porém em alguns casos, podem exercer até maior peso na hora da decisão da compra; principalmente quando a empresa trabalha para ficar longe da guerra de preços e busca uma diferenciação e melhor qualidade nos seus produtos e serviços. O que tenho aprendido é que, na maioria dos casos, o que leva o cliente até ao nosso produto ou serviço é o mix preço, qualidade e satisfação de necessidades, ou seja é o valor percebido pelo cliente e não única e exclusivamente o preço ou valor monetário.

Os serviços agregados devem justificar muito bem o valor adicional que o cliente está pagando. A chave do negócio é acrescentar valores intangíveis que o cliente valoriza, e para disponibilizar somente os serviços de interesse do cliente, é preciso conhecer muito bem o seu estilo de vida e seus hábitos de consumo.

É muito importante lembrar que antes de tomar qualquer iniciativa é necessário avaliar as origens com precisão, com factos e dados reais, concretos e comprovados; nada de suposições ou invenções, como muitas vezes acontece; somente depois é que se poderá avaliar qual deverá ser a reacção mais sensata. É necessária a compreensão realista das causas da queda nas vendas para aplicar a solução correcta.

As vezes é preferível diminuir a sua oferta, e com isso diminuir os seus custos, do que manter seu actual nível de produção, principalmente, quando os custos fixos, são a maior parte. Pense bem, o que é melhor? Diminuir 10% no preço de venda, mantendo seu nível actual de produção, ou diminuir sua oferta actual em 20%, mantendo seu preço normal?

Um tema desta natureza, pela sua complexidade, não pode ser tratado convenientemente num espaço como este, no entanto há uma conclusão que é evidente, não basta querer ser empresário é necessário ter conhecimentos para tal, pois a sorte não dura sempre, e quando as coisas funcionam apenas com base nesta, o fracasso está mesmo ali ao lado.



[i] commodities, significa mercadoria, e é utilizado nas transacções comerciais de produtos de origem primária nas bolsas de mercadorias.

Grupo TT05/08 Delcio Vieira