terça-feira, 9 de setembro de 2008

Centros Geriátricos, há que preparar o nosso futuro.

Centros Geriátricos, há que preparar o nosso futuro.


Li algures que nas próximas décadas Portugal será um dos países mais envelhecidos da Europa, comecei a pensar no meu futuro e fiquei preocupado!

Fiquei preocupado porque pensei que se nas gerações anteriores o conceito de família era bem vincado na nossa sociedade e quase havia a obrigação de serem os mais novos a cuidar dos mais velhos, agora a realidade social do nosso meio é completamente diferente.

O conceito de família e as obrigações sociais para com os mais velhos são praticamente inexistentes. A nossa sociedade obriga-nos a tornar-nos independentes e desligados.

É pois cada vez mais necessário olhar para os Centros Geriátricos, como a opção mais viável para o nosso futuro. Mas aí a minha preocupação aumenta sobremaneira, olhando para a realidade actual destes centros, verifico que os mesmos não passam de antecâmaras para a morte onde os ocupantes esperam desesperadamente que a morte acabe com seu sofrimento, estando estes abandonados na maioria das vezes à sua sorte sendo apenas visitados pelos seus entes queridos em dias de festa esporadicamente em alguns fins-de-semana.

É preciso humanizar os Centros Geriátricos, torna-los espaços activos onde cada um de acordo com as suas possibilidades possa desenvolver actividades lúdicas, culturais, enfim onde possa terminar os seus dias em qualidade.

Há que trazer estes espaços para os centros urbanos e profissionais para que não se sinta o isolamento nem se quebrem as poucas raízes familiares e de amizade que possam restar, promovendo-se desta forma visitas regulares e se possível podendo envolver a própria sociedade nas actividades normais dos centros.

Continuo preocupado…




FRANCISCO DIAS TT05/08
DATA: 09/09/08

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